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Ex-traficantes participam de audiência na Alerj para debater reintegração social

Sessão no plenário da Assembleia Legislativa será realizada na próxima sexta-feira (3)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de abril de 2024 - 20:21
Os ex-traficantes estão, hoje, vinculados à ONG AfroReggae
Os ex-traficantes estão, hoje, vinculados à ONG AfroReggae -

O deputado estadual Carlos Minc (PSB) promoverá, nesta sexta-feira (3), uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), para tratar da reinserção de ex-detentos na sociedade. Com ele, na mesa, estarão três ex-traficantes que atuavam no Complexo da Maré, e que hoje são vinculados à ONG AfroReggae.

A ideia para a discussão surgiu em um encontro entre Minc e José Júnior, presidente da ONG. O intuito da sessão, de acordo com a AfroReggae é estimular um debate crítico sobre o papel do emprego como ferramenta de reintegração social.


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"Tenho trabalhos de presos, estudos e leis antigas nessa linha. Como está havendo uma onda conservadora em relação a isso (saidinhas de presos) e a Lei de Drogas, o mote da audiência é o cumprimento de leis antigas minhas", explicou Minc, que completou:

"O que queremos discutir é: o que querem, que nunca mais se ressocializem? O nível de reincidência (no crime, de ex-presos) é de 60%, porque não tem um caminho de ressocialização".

Os ex-dententos

Um dos ex-traficantes que estarão na Alerj é João Paulo Garcia dos Santos, o JP, que ficou preso por dois anos (entre 2007 e 2009) após gerenciar ao menos dez favelas no Rio, atua como diretor operacional do AfroRaggae. Enquanto isso, Amabílio Gomes Filho, o MB, faz parte da Agência Segunda Chance (primeira agência de empregos para egressos do sistema prisional), e supervisiona o projeto AfroGames, que funciona no Complexo da Maré.

Já Nei da Conceição Cruz, o Nei Facão, atua hoje como agente de projetos na mesma agência. Ele ganhou liberdade condicional no ano passado por decisão da Vara de Execuções Penais do Rio. Nei estava preso desde 2009, quando foi capturado no Guarujá, litoral paulista. Condenado a um total de 26 anos e 10 meses de prisão, Nei cumpriu 20 anos nos períodos em que esteve atrás das grades.

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